terça-feira, 26 de julho de 2016

FELIZ DIA DOS AVÓS


Certamente você já ouviu falar do conceito de “alma velha”. Ele se refere a todas aquelas pessoas que se diferenciam e se destacam dos demais. Podem ter um talento especial para a música, matemática, certas sensibilidades…

Características de uma alma velha

1- Alto nível de maturidade
Se desde muito jovem você se sente mais velho do que a idade que realmente tem, talvez você seja uma “alma velha”. A maturidade elevada se caracteriza por se sentir mais confortável com pessoas mais velhas, seus pensamentos e questionamentos não são comuns em pessoas da sua idade, e você acredita que não se encaixa no seu grupo de amigos.

2- Pensa demais
Você aproveita qualquer momento para pensar e refletir e analisa profundamente tudo o que acontece na sua vida, tudo o que diz e o que faz. Reflete sobre os prós e os contras das suas ações, tentando entender tudo e encontrar um sentido, sempre baseado na coerência e reflexão.

3- Empatia
Compreende de forma especial o que acontece com os outros. É capaz de se colocar no lugar do outro e entender o que está acontecendo, enquanto os outros não conseguem. Por isso as pessoas confiam em você para contar os seus problemas; sabem que vai escutá-las sem julgamentos.

4- Instinto
Esta característica possui dois aspectos. O primeiro se refere a um certo sentimento que você tem sobre as coisas e que o ajuda a tomar decisões. Ou seja, você percebe quando uma pessoa é confiável ou não, sabe escolher isto e não aquilo… O seu instinto raramente falha.
O outro aspecto do instinto são as habilidades, como por exemplo um instinto desenvolvido naturalmente para a música ou qualquer outra área.

5- Não valorizam a parte material
Elas não rejeitam o material, mas é algo ao qual não dão muita atenção. Preferem desfrutar dos relacionamentos pessoais e das experiências do que comprar ou viver rodeado por coisas de valor. O dinheiro é necessário, mas não é um dos objetivos da sua vida. Elas se contentam com o que têm e sabem poupar.

Por: Raquel Etérea

Equilíbrio - Eis a fonte da sabedoria


Fazendo uma simulação de todos os efeitos desequilibradores que causei e que causarei na minha vida… a imagem que surge diante da minha mente é a de um equilibrista sobre uma corda bamba.
Quando a corda pende demais para um lado, o equilibrista deve recuperar a posição neutra, ou, ao menos, contrabalancear na direção oposta, para que não caia.
Talvez na vida se deva fazer algo semelhante. Equilibrando-se sobre a corda, para poder ter a melhor experiência de vida possível.
Não balançar na corda é extremamente difícil. O mais provável é que você e eu iremos balançar; é inevitável.
E ficar parado não é uma opção, pois ficar parado é ainda pior para se manter o equilíbrio.
Aumenta-se as chances de cair. Ou seja, para se ter segurança, deve-se continuar se movendo.
Outro fato é que nenhum equilibrista nasce sabendo a arte do equilíbrio. O artista só cresce em alguma arte se praticá-la. Para isso, deve tentar. Ao tentar, irá errar. Irá cair.
Mas ao cair, o artista estará realizando sua obra: que é praticar. O erro faz parte do caminho.
Interessante como costumo pensar que errar é ruim, é errado. Ao meu redor, também vejo pessoas pensando o mesmo. Mas errar é essencial ao caminho. Errar é a melhor experiência de aprendizado que se pode ter, se você souber usá-la. Ao errar, deve-se ao mesmo tempo perdoar-se pelo erro e aprender a lição que aquele erro está ensinando.
O erro é o ajuste que deve ser feito. Ao mesmo tempo que devo fazer o melhor que posso para não errar, não devo me crucificar nem me martirizar por ter errado. Afinal de contas, eu não sou perfeito. Eu não sei tudo. Nem mesmo os mestres sabem tudo, embora eles não gostem de admitir. Na verdade, o verdadeiro mestre somente é mestre porque aprendeu o máximo que pôde com os erros, foi humilde o suficiente para reconhece-los e saber seu próprio nível na arte, e foi galgando degrau por degrau. O verdadeiro mestre continua aprendendo, pois sempre há algo para aprender, não importa quão alto se suba na graduação de alguma arte.
Então, o perdão é essencial. A humildade também. Ambos estão ligados. Só se perdoa quando se é humilde, consigo mesmo e com outras pessoas. Quando se é tolerante, também. Humildade e tolerância são valores meio que mesclados… onde termina um começa o outro e vice-versa. E só se perdoa quando se reconhece quem se realmente é. Isso tudo, mais a perseverança; a vontade que se mantém, o fogo que arde no peito e te leva aonde você precisa ir.
Fonte: Labirintos da mente

segunda-feira, 11 de julho de 2016

“Hei De Vencer. Hei De Vencer. Hei De Vencer” – Como O Mantra Da Autoajuda Pode Te Derrotar







Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas, já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona. 
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado? Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a carne é fraca. 
Mas nem tudo está perdido. Existem sim, técnicas motivacionais que podem nos levar a melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade um software, mas os voluntários não sabiam disso). 
Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que resultado, traz a noção de consequência, desenlace). A instrução com foco no processo era “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais rapidamente”. Note que a ênfase está na velocidade de reação, em vez de no resultado dela. Já para o outcome era “Quero que você se veja jogando, e se imagine batendo o score anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”, mas melhorando em relação ao esforço anterior. 
Dizem que tudo o que a gente pode pensar já foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é verdade que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos esforço na tarefa (aumentando as chances de derrota), e se está provado que o foco tem que ser no processo e não no resultado, então mil anos atrás Esopo já havia ensinado essa lição. Nem todos irão concordar comigo, mas essa parece ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre a lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde uma corrida para a lerda tartaruga. Acreditando na vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga vence por manter o foco no esforço. As lições da fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa, pior a velocidade”, até “O sucesso depende de usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós bem poderíamos acrescentar: “Quem acredita que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.
Texto do psiquiatra Daniel Martins de Barros via Estadão

 


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Apenas passei pela sua existência









Na sua vida eu só fiquei na janela. Eu até esperei você me convidar pra entrar, mas você não sentiu vontade de abrir a porta. Acho que cheguei num dia em que a casa estava desarrumada. Minha mãe sempre me ensinou que devemos avisar quando vamos fazer visitas. No entanto, eu não sabia que ao passar na porta de sua casa sentiria vontade de entrar. Achei que resistiria!
E da janela eu via tudo, analisava cada cantinho e ficava pensando: pra organizar essa bagunça só preciso usar amor pra restaurar aquilo que ainda está intacto e uma caixa pra guardar as antigas lembranças que estão espalhadas pelo chão. Pois mesmo que elas façam parte de um passado eu não tenho direito de colocá-las no lixo. E pra te falar a verdade eu quero é que elas sejam guardadas para serem comparadas comigo. Eu gosto disso. De ser a melhor por aonde eu vou, me entrego e tenho prazer em ser melhor a cada dia. 
Sou o tipo de pessoa que busca superação. E além de tudo, gosto de entrar e ao sair ter a certeza que a porta ficou aberta. Não me lembro de ter saído de algum lugar e que a porta tenha sido trancada.
Mas a sua… a sua continuou trancada. Até tentei dar uma forçadinha pensando que ela pudesse se abrir daí eu entrava e quando você percebesse, eu já estava ali no chão, com a metade das coisas arrumadas.
Mas você é segura, tão segura que trancou a porta e escondeu a chave e agora nem você consegue achar.
Contudo, sabe de uma coisa? Adorei ficar na sua janela! Pois pude estar com você, sentir seu perfume e contemplar seus olhos. O seu olhar é radiante.
Mas, infelizmente, na janela não dá pra ficar.
Fico na expectativa que um dia você ache a chave e abra a porta. Aí você me grita, tá? Eu vou te ouvir, pois vou estar andando, perdido, na rua de sua casa esperando a porta se abrir.
   Via  Cejana Lima