Não ser escravo do que possui e possuir apenas o seu merecer, isso convida a viver o nosso ser, sem pressa. A chuva caindo e imaginando uma viagem, aquela viagem que faz o coração sonhar.
Essa permanente insistência na solitude, essa mania da simplicidade voluntária. Aquela criança dentro querendo brincar de ser adulto deixada no tempo, que mais sabia o que era vida, mais ainda que o sábio e adulto caminhante. Uma chuva que cai lá fora e faz sonhar aqui dentro.
Muitos de nós acordamos cada manhã com o coração apreensivo. Encarar a monotonia de um outro dia com incessante lida e suas intermináveis pressões em troca da recompensa.
Tomamos um banho, vestimos a roupa e relutantemente nos forçamos a sair do casulo para enfrentar um mundo que imaginamos estar pronto para nos devorar ou esmagar a seus pés. Cada dia que passa repete a labuta do dia anterior. O futuro se turva. Finalmente o dia termina, abençoado sono. E, depois, o sol se levanta mais uma vez.
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