Apaixonou-se
entregou-se, perdeu-se. Depois, ele se foi. Ela começou a procurar. Só que não
procurava por ele, mas procurava por ela mesma. Onde teria estado? Quem era? O
que queria? O que é a vida?
Quanto
mais questionava, mais girava em torno de si mesma. Repetia padrões e ações.
Amava e desamava mais facilmente que todas as amigas. Sofria, enciumava,
brigava, ficava só e chorava. Depois tornara a se arrumar, a sair, a procurar.
Um
dia aconteceu. Quando menos esperava, percebeu o sonho em que se enredara.
Parou de procurar em outras pessoas aquilo que só nela encontrava. Ficou tranquila
de tudo, sorrindo de novo para o mundo.
Enfeitando
o seu jardim, ali seu jardim deslumbrava, a raiz de quem um dia procurava, nela
se eternizava. Quando a paz veio ao seu coração, esse coração que entendia, mas
se recusava, o grito da sua alma que a simples calma era o que saciava. Isso
passa!! Mas passar dói tanto, faz ferida, assim ela ficava embelezando com as
flores seu nascer de uma bela amada. Guilherme de Bem.
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