O nome que se dava a tribulação de um barco antigamente latina há 700 anos , no mundo no final da Idade Média era "companhia". A palavra companhia tem origem marcada pelo afeto. Nasce do latim: “cun, pan, ia”, que significa: “comer o mesmo pão.
Durante o período das grandes navegações, o pão era muito importante como alimento. Além de resistir satisfatoriamente ao tempo, era indispensável para os rituais cristãos. A variação “companheiro”, obviamente, tem a mesma origem.
A vida em alto mar era duríssima. A comida deteriorava rapidamente. As condições de higiene eram precárias, inexistiam banheiros. Mares desconhecidos, tempestades, escorbuto e vários outros motivos induziam ao medo.
É fácil depreender por que a atividade religiosa a bordo era
intensa e mais um motivo para reforçar a união entre os “companheiros”.
Portanto assumi o sentido de " aqueles que repartem o pão,
aquele que reparte o pão em direção ao futuro..."
( Fonte: Qual é a sua obra. Adaptação Guilherme de Bem )
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Autodidatismo inteligente.
Uma ótima maneira de você se acostumar a aprender sozinho e desenvolver seu autodidatismo é através de um hobbie. Por exemplo, talvez você goste de jardinagem, mas nunca procurou estudar a respeito.
Então comece acessando site e blogs, depois comece a aprender mais a respeito. Dê os primeiros passos, compre flores, mudas, adubos, coloque como meta criar um pequeno jardim. Vou dar dois pontos essenciais. Primeiro, um hobbie é algo que te dá energia para realizar as tarefas mais difíceis e rotineiras como trabalhar. Quando você tem um hobbie como desenhar, jardinagem, marcenaria, tocar violão, etc. Você alivia sua mente, se torna mais motivado e desenvolve seu autodidatismo.
Segundo ponto, Você passa um tempo consigo, desenvolve sua inteligência, fortalece seu cérebro e APRENDE MAIS RÁPIDO. Isso mesmo, um hobbie faz com que você crie novas conexões neurais, produza mais mielina e deixe seu cérebro mais preparado para estudar outros materiais. Vamos lá praticar o nosso Hobbie!!
( Dicas do Prof. Pier )
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
21 de janeiro: 154 anos do Padre Landell de Moura - Padre-cientista brasileiro é considerado o inventor do rádio.
O dia 21 de janeiro marca o 154º aniversário de nascimento de Roberto Landell de Moura, o padre-cientista brasileiro que inventou o rádio e foi um dos precursores da televisão. Nascido em Porto Alegre em 21 de janeiro de 1861, Landell ordenou-se padre, completando seus estudos de Teologia, Física e Química, na Itália. Seus experimentos no campo das transmissões de voz começaram nos tempos de adolescência e evoluíram com os estudos, as pesquisas e as diversas experiências que fez ao longo da vida.
Em 2012, após decreto sancionado pela presidência da república, Landell de Moura transformou-se no mais novo Herói da Pátria, com seu nome sendo incluído no Livro de Aço depositado no Panteão Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Landell de Moura fez as primeiras transmissões públicas da voz pelo ar, sem fio, no final do século 19, entre a Avenida Paulista e o alto do bairro de Santana, em São Paulo, em evento documentado pela imprensa e presenciado por autoridades brasileiras e estrangeiras.
As proezas que conquistou na área científica, Landell não alcançou nos campos comercial e empresarial, embora tivesse se esforçado muito para viabilizar seus inventos, patenteados no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto por aqui colhia fracassos em todas as tentativas de viabilizar economicamente os seus inventos, Guglielmo Marconi brilhava como cientista e empresário, a ponto de, além de inventor do telégrafo sem fio, ser, também, confundido como inventor do rádio, inclusive no Brasil, onde, comprovadamente, a experiência de Landell de Moura foi pioneira, como aponta a documentação existente no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
Há cinco anos, Landell tem sua memória resgatada, fruto do esforço do Movimento Landell de Moura, que propugna seu reconhecimento oficial pela História do Brasil e a inclusão de sua saga no currículo obrigatório do Ensino Fundamental. Entre as conquistas valiosas para a preservação e recuperação de sua memória estão a inclusão de seu nome no Livro dos Heróis da Pátria, a emissão de um selo dos Correios alusivo ao sesquicentenário de seu nascimento, em 21 de janeiro de 2011, a concessão do título de Cidadão Paulistano post mortem pela Câmara Municipal de São Paulo e a inauguração da placa em um dos locais das experiências, o pátio do Colégio Santana, em homenagem ao seu pioneirismo nas telecomunicações.
A biografia de Landell de Moura ainda tem muitas lacunas e do seu legado científico apenas parte foi estudado, havendo muita documentação ainda por explorar. Seja como for, no Brasil já recebeu uma série de homenagens e reconhecimentos oficiais. Além de cidadão honorário da cidade de São Paulo, ele é patrono da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do município de Porto Alegre e patrono dos radioamadores brasileiros.
Via tudoradio.com
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Convivência com Rubem Alves
Olá amigos queridos amigos do Blog!!
Hoje vamos falar de convivência. Conversando com uma colega de trabalho , falávamos da capacidade de conviver, onde temos as pessoas que encontramos no
nosso dia, como nosso professores de vida.
Como lidamos com certas situações , que as vezes nos
aborrecem , mas quando acolhemos tudo isso como forma de aprendizado, temos o
muito que crescer com elas.
Nesse vídeo do querido Rubem Alves , ele diz que nós temos dentro
de nós uma espécie de jardim , sementes boas e ruins, lá dentro que vive a bondade e a paz . Ele nos mostra que podemos ter a capacidade de conviver e ,tornar agradável a relação entre os
homens.
Confira no vídeo abaixo
Confira no vídeo abaixo
domingo, 17 de janeiro de 2016
Aquele sonho que ainda está aqui.
Todos tem aquele sonho de pequeno, onde passava horas e
horas, sem se preocupar com o tempo perdido. Uma paixão muito gratificante,
onde o tempo não importa.
Você vai crescendo e esse sonho começa tornar mais sério na
sua vida, vem ao seu coração, cenas que você pode viver no futuro.
Em um
determinado momento da sua vida, você começa a correr atrás do seu sonho,
usando todos os recursos disponíveis que a vida lhe proporciona.
Sua vida vai
sendo costurada em meio ao seu sonho, surgem pessoas que já estão vivendo esse
seu sonho, que para você , tudo é lindo demais.
Elas parecem aproximar da sua vida de uma forma mágica. Você amadurece e
seu pensamento já flui de maneira mais racional , mesmo assim esse sonho
continua fazendo morada em seu coração.
Em seu momento só , rodeiam pensamentos. Surgem pessoas
que , lhe mostram outros caminhos , por influência da sociedade.
Mas lá no seu coração está aquela semente , esperando uma terra fértil
para começar a despertar.
As vezes parece difícil fazer esse caminho , o caminho
para alcançar o seu sonho com sucesso, exige muita determinação e disciplina.
Isso oque você quer? Então comece já!!!! Podem lhe tirar muita coisa, mas a sua fé e esperança, isso nunca!!
Isso oque você quer? Então comece já!!!! Podem lhe tirar muita coisa, mas a sua fé e esperança, isso nunca!!
Digo isso por experiência na minha vida, muitas vezes
encontrei pessoas que quiseram ofuscar os meus sonhos, mas a força de vontade
de querer correr atrás , enfrentando tudo que possa desestimular, sendo mais forte.
Acreditar que tudo oque está acontecendo é para o
seu
bem , tire um aprendizado de suas experiências, isso é oque vale.
Continue trilhando , acreditando sempre em seus sonhos, vencer
é ter coragem de no meio do nada, acreditar que pode tudo e fazer acontecer.
Estamos juntos nessa caminhada... Um querido abraço fraterno
!!!
Guilherme de Bem
sábado, 16 de janeiro de 2016
Palavras de coração de Cora Coralina
"Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça." Cora Coralina
Padre Landell de Moura Pai do Rádio Brasileiro
Façanha foi realizada em São Paulo,
pelo padre Roberto Landell de Moura
O dia 16 de julho é uma data
histórica para as telecomunicações e, particularmente, para o rádio, o veículo
mais popular e de maior penetração em todo o planeta. A maioria das pessoas
desconhece que há exatamente 116 anos, na capital paulista, foi realizada a
primeira transmissão mundial da voz humana e de sons musicais entre dois pontos
através de ondas de rádio.
O autor da façanha foi o gaúcho
Roberto Landell de Moura (1861-1928), o padre Landell. A experiência foi
realizada ligando o Colégio Santana, no alto da colina da rua Voluntários da
Pátria, na zona norte de São Paulo, à Ponte das Bandeiras, sobre o rio Tietê.
Um público selecionado e qualificado presenciou a transmissão: cientistas,
empresários e a imprensa. Tempos depois, o padre-cientista repetiria o
experimento, desta vez entre o alto de Santana e a avenida Paulista.
Nessa mesma época, o italiano
Guglielmo Marconi já havia feito uma transmissão de telegrafia sem fio (1895),
inaugurando a era wireless. Mas, entre o invento de Landell e o de Marconi
existia uma diferença fundamental: a voz humana. O aparelho de Marconi
transmitia apenas sinais em código Morse (pontos e traços). O de Landell era o
rádio tal como o conhecemos nos dias de hoje.
Apesar da exibição inédita de uma
“tecnologia do futuro”, o Padre Landell não recebeu apoio financeiro. Nem mesmo
quando patenteou suas invenções no Brasil (1901) e nos Estados Unidos (1904)
conseguiu os recursos que lhe permitiriam comercializar e industrializar o
rádio.
Na cerimônia de abertura dos Jogos
Pan-Americanos, em Toronto, no último dia 10 de julho, transmitida em rede de
televisão, o Cirque du Soleil rendeu uma homenagem ao físico canadense Reginald
Fessenden. Para o Canadá, Fessenden é o “Pai do Rádio” porque ele fez uma
transmissão de voz sem fio em dezembro de 1900. Padre Landell antecipou-se a
Fessenden.
Fonte: Portal dos Jornalistas
Rádio fecha 2015 com mais de 100 mil emissoras em todo mundo
Balanço do avanço da comunicação destacou, também,
o a importância que o rádio ganhou nesse ano.
O mundo fechou 2015 com mais de 100
mil estações de rádio, segundo balanço divulgado nos últimos dias pela CBN. O
balanço destacou, também, o ganho de importância obtido pelo rádio nesse ano,
confirmando o que foi discutido nos congressos realizados no Brasil e no
exterior, que mostraram, através de números, os avanços obtidos pelo meio
rádio, inclusive com recordes de audiência.
Segundo o balanço, as comunicações
fecharam 2015 com mais de 7,5 bilhões de dispositivos móveis, considerados como
“os novos receptores do rádio”, contrariando as previsões de que o rádio iria
desaparecer. Além da recepção via ondas terrestres (FM) presentes na maioria
dos modelos de celulares (inclusive smartphones), a popularização dos
aplicativos móveis e portais de rádios adaptados aos dispositivos tem
facilitado o consumo do conteúdo do rádio em diferentes situações.
No Brasil, quem afirmam essa
estatística, são as pesquisas do Ibope Media, que mediram o comportamento e o
tamanho da audiência de rádio no país, onde 89% da população acompanhou o meio
rádio nas maiores regiões metropolitanas do país. A tendência é de que esse
quadro seja ainda mais favorável ao rádio em 2016.
Expectativa
O cenário do rádio, no exterior, é
apontado como positivo, com a internet ampliando o universo de ouvintes e sem
roubar a audiência do “offline” (a situação do rádio norte-americano prova esse
cenário). No Brasil, a movimentação é parecida e o meio continua forte em
audiência. A crise afeta o custo do rádio, atrapalha na comercialização, mas o
meio tem e terá o seu público-alvo sempre junto.
Tendo audiência (seja numerosa ou
eficiente perante um público-alvo) é possível traçar metas e estratégias,
buscando projetos especiais e incrementos nas atividades das emissoras. O
aprimoramento na forma de se medir o universo de ouvintes a partir de 2016
também pode dar um novo fôlego ao rádio.
E, com a Migração em jogo, apesar de alguns
profissionais imaginarem que as primeiras migrantes das AMs aparecerão apenas
em 2017, o ano de 2016 já será de grande movimentação para outros setores do
meio rádio, como empresas que proveem equipamentos para as novas estações em FM
(transmissores, processadores de áudio, antenas, etc), produtoras (a tendência
é de que novas programações surjam após a migração, ou pelo menos o
aprimoramento do que já está no ar), além de novas possibilidades de negócios.
Fonte: tudoradio.com
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
O Segredo do aprendizado do Prof. Pier
Para o professor Pier, famoso
educador de renome internacional, e que palestrou ontem aqui na Universidade do
Oeste Paulista para mais de 2.000 pessoas, a resposta é mais simples do que se
imagina.
“O
problema do Brasil é que nós temos milhões de alunos, mas pouquíssimos
estudantes”.
Mas
Diego, eu pensei que alunos e estudantes fossem a mesma coisa! Caro leitor,
lamento dizer, mas você está enganado. Aliás, nas palavras do prof. Pier, essas
duas palavras se opõem totalmente.
Aluno é aquela pessoa que assiste
aulas, em um processo de aprendizado passivo. Escuta o que o professor tem a
dizer, anota o que acha que tem que anotar, mas assim que acaba a aula, um abraço
e até amanha!
Já o estudante é aquele que estuda
após o período de aula, escrevendo as principais ideias que aprendeu naquele
mesmo dia, ou seja, o processo de aprendizado é totalmente ativo.
Assistir
aulas não é estudar. Estudar em grupo não é estudar. Ler não é estudar. Fazer
grifos não é estudar. Escrever textos no computador não é estudar. Então o que seria
estudar?
Para o prof. Pier, o estudo eficaz
deve ser feito individualmente e de forma ESCRITA (várias vezes foi frisado que
escrever é a melhor forma de estudar).
Após essa explanação, o educador
ainda mostrou os baixíssimos índices que o Brasil ocupa no ranking mundial do
programa internacional de avaliação PISA, o que causou o espanto (será?) de
todos presentes.
Para finalizar, o palestrante ainda
expos os três principais equívocos que o estudante brasileiro comete com frequência,
são eles:
1 – Não
sabe se comportar: a atual geração é conhecida como uma geração de “Drogados
Virtuais”, onde o uso compulsivo do celular está provocando uma expressiva queda
de atenção, de QI, e de inúmeras outras variáveis, o que vem causando uma série
de consequências no curto e no longo prazo. O engraçado é que enquanto ele
falava isso, várias pessoas estavam mexendo no celular!
2 – Não
ler como forma de lazer: a média nacional de
leitura de livros é irrisória, a maioria não consegue ler nem 3 livros por ano.
A leitura ainda é vista por nós como uma obrigação. Só lemos o que a escola ou
a faculdade nos pede, e para por aí.
3 – Estudar
para a prova: o material estudado
em véspera de prova fica guardado em nosso cérebro apenas até o dia da
avaliação, passado esse período, tudo o que estudamos com o intuito de tirar
uma boa nota é cruelmente esquecido.
E para quem frequenta aulas a noite,
como estudar após a Faculdade? (Situação
na qual a vasta maioria presente se encontrava)
Para o palestrante, mesmo quem
trabalha no período da manhã e só tem o período noturno para frequentar as
aulas, o estudo individual ainda deve ser feito quando o aluno chegar a sua
casa, antes de dormir.
A dica final dada para essas pessoas
foi a seguinte:
“O
segredo da inteligência é saber como ficar um pouquinho mais inteligentes todos
os dias. Meia hora por dia pode não ser o suficiente, mas é melhor do que nada”.
E lembre-se: Aula dada, Aula
estudada, HOJE!
Via : Jovem administrador
Via : Jovem administrador
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
4 poemas de Adélia Prado que deveríamos ler e reler
Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Poema Começado no Fim
Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.
Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.
Pranto Para Comover Jonathan
Os diamantes são indestrutíveis?
Mais é meu amor.
O mar é imenso?
Meu amor é maior,
mais belo sem ornamentos
do que um campo de flores.
Mais triste do que a morte,
mais desesperançado
do que a onda batendo no rochedo,
mais tenaz que o rochedo.
Ama e nem sabe mais o que ama.
Os diamantes são indestrutíveis?
Mais é meu amor.
O mar é imenso?
Meu amor é maior,
mais belo sem ornamentos
do que um campo de flores.
Mais triste do que a morte,
mais desesperançado
do que a onda batendo no rochedo,
mais tenaz que o rochedo.
Ama e nem sabe mais o que ama.
Adélia Prado
Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore
A história é simples. O solitário Modesto Máximo está na varanda escrevendo suas memórias. Vem um furacão. Ele perde tudo, menos as memórias. No furacão, uma moça voadora joga um livro sobre ele. Esse livro guia Modesto Máximo até uma biblioteca. Ele se torna dono da biblioteca. Cuida dos livros. Vai escrevendo o seu. Quando termina de escrever suas memórias, ele também adquire a capacidade de voar. Sai voando. Nesse momento, chega uma menininha. O livro de Modesto Máximo acaba no colo da menininha. Vai começar tudo de novo. A história é simples. O que não é tão simples é a paixão pelos livros que a história contém. E não é simples porque é sutil. Passa pela combinação do texto, em frases curtas e diretas, com os desenhos cheios de detalhes.
assista esse magnífico curta no link:https://www.youtube.com/watch?v=wDkfhwRlcZw
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Arrume o relógio
Perguntou-me um senhor se eu sabia onde havia um relojoeiro. Disse-lhe que sabia e expliquei como chegar até ele. Agradeceu e explicou-me que, ultimamente, ninguém se preocupa em arrumar as coisas. Jogam-nas no lixo e querem novidade. O relógio que precisava de conserto era do filho. O filho queria comprar outro, e ele disse que não. "Arrume o relógio, meu filho!”.
Ouvi aquele senhor que parecia precisar de algum ouvinte. Como estava atento, ele colocou-se a falar de outros temas. Reclamava, com elegância, dos que não gostam de arrumar as coisas. "Antigamente, havia um valor afetivo em cada bem que possuíamos. Guardávamos objetos dos nossos avós, dos nossos pais com algum respeito."
Fez gestos agradecidos pela atenção e seguiu, em passos vagarosos, rumo ao relojoeiro. Afinal, tinha um objetivo naquela manhã, quase um compromisso, arrumar um relógio.
Saí da despretensiosa prosa pensando na sua calma e no seu comedimento ao criticar a sociedade dos descartáveis em que vivemos hoje.
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